Na segunda das quatro fases de teste, pesquisas mostram drogas que atuam
na prevenção e não no combate à doença.

15% das mulheres e
8% dos homens sofrem de enxaqueca; doença costuma surgir na adolescência
Dois estudos que serão apresentados no encontro anual da Academia
Americana de Neurologia no próximo fim de semana trazem esperança para quem
sofre com crises frequentes de enxaqueca. As pesquisas mostram a possibilidade
- por meio de duas drogas em fase de teste - de prevenir a enxaqueca em vez de
combatê-la quando a crise já estiver em andamento.
Os dois estudos ainda estão na segunda das quatro fases de pesquisa
clínica necessárias para que um novo medicamento seja colocado no mercado, mas
o cenário é promissor.
O primeiro estudo selecionou 163 pessoas que tinham crises de enxaqueca
frequentemente, de cinco a 14 dias por mês, e dividiu os pacientes em dois
grupos. Metade deles recebeu a droga denominada ALD403, enquanto a outra parte
só recebeu placebo. Essas pessoas foram monitoradas por 24 semanas. Os
resultados foram satisfatórios, na visão dos autores do estudo: aqueles que
foram medicados tiveram 5.6 menos dias de crises por mês, ou um decréscimo de
66%. E o melhor: 16% das pessoas que receberam o medicamento ficaram livres das
crises por 12 semanas seguidas. Não houve diferença de efeitos colaterais entre
quem tomou o remédio com quem só recebeu placebo.
Um membro da Academia Americana de Neurologia e também um dos autores do
estudo, David Dodick, afirmou que a importância da descoberta se deve ao fato
de a enxaqueca ser pouco tratada, com raros tratamentos efetivos, o que faz a
doença ser a terceira queixa mais comum e a sétima doença mais incapacitante no
mundo.
No outro estudo, 217 pacientes se submeteram ao tratamento
experimental. Novamente o grupo foi separado e, durante 12 semanas, os
pacientes que tinham enxaqueca de quatro a 14 dias por mês receberam uma
injeção duas vezes por semana de placebo ou da droga experimental LY2951742. Os
medicados com o remédio tiveram 4.2 menos crises por mês em 12 semanas. Desta
vez, houve alguns efeitos colaterais do medicamento: algumas pessoas relataram
dor no local em que a injeção foi aplicada, além de infecções no trato respiratório
e dores abdominais. Ainda, assim, o medicamento foi considerado seguro e bem
tolerado.
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