sexta-feira, 14 de junho de 2013

Homem sobrevive mais de 60 horas debaixo de água


Homem sobrevive mais de 60 horas debaixo de água
Um homem nigeriano sobreviveu mais de dois dias debaixo das águas geladas do Oceano Atlântico, a 30 quilômetros da costa da Nigéria, graças ao facto de ter ficado sob uma bolha de ar que lhe forneceu oxigênio para respirar.
 
O navio onde Harrison Okene, de 29 anos, seguia naufragou, no dia 26 de Maio, ao largo da Nigéria no final de Maio, quando se encontrava perto da plataforma petrolífera de Chevron.
 
Okene, o cozinheiro do navio, nunca pensou que fosse sobreviver, relata a agência Reuters. No entanto, graças a uma bolha de ar que se formou na pequena divisão onde ficou retido, debaixo de água, o homem conseguiu sobreviver, e acabou por ser regatado por dois mergulhadores.
 
"Estava debaixo de água na escuridão total, a pensar que tinha chegado o meu fim. Só pensava que a água ia continuar a subir", disse o cozinheiro à Reuters, relatando ainda que alguns bocados da sua pele estavam já a desprender-se por estar há tanto tempo na água.
 
Contudo, no dia 28 de Maio, uma equipa de mergulhadores chegou ao local, enviada pela West African Ventures, empresa proprietária do barco. Os mergulhadores estavam convencidos que toda a tripulação estava morta, quando encontraram Okene.
 
Nesse dia, à tarde, Okene ouviu o barulho dos martelos dos mergulhadores no exterior do navio e bateu na parede da divisão onde se encontrava para dar sinal de vida. Aí, os mergulhadores entraram no navio, com uma lanterna, e Okene dirigiu-se a eles. 
 
Os mergulhadores ficaram surpresos pois não contavam encontrar ninguém com vida. "Aproximei-me e toquei-lhe, acenei com a mão e ele ficou chocado", relata Okene. Dos 12 tripulantes, a equipa de resgate encontrou 10 corpos sendo que um dos homens continua por localizar.
 
Então a equipa forneceu a Harrison uma máscara de oxigênio, um fato de mergulho e um capacete. Okene regressou à superfície por volta das 19h30 do dia 28, mais de 60 horas depois do naufrágio. O cozinheiro teve de permanecer dezenas de horas numa câmara de descompressão para sobreviver à diferença de pressão.
 
Okene descreve esta extraordinária história de sobrevivência como um "milagre" embora ainda não tenha ultrapassado o trauma, que poderá fazer com que não regresse ao mar. "Às vezes sinto que a minha cama se está a afundar e penso que estou de novo no mar. Levanto-me e grito", confessa.

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