quinta-feira, 13 de junho de 2013

Ribeirão Preto: quando a paróquia é sinônimo de família

A cidade de Ribeirão Preto, uma das maiores do estado de São Paulo, foi declarada pelo governo federal “polo tecnológico”, atraindo assim muitas pessoas para trabalhar. Uma paróquia se apresenta por meio da experiência de acolher e oferecer uma atmosfera familiar aos novos habitantes.
Ribeirão Preto, novo polo tecnológico, 700.000 habitantes. Nos últimos anos muitas pessoas migram de outros estados do país em busca de trabalho. Surgem novos condomínios, cada um com milhares de pessoas.
A paróquia do Pe. Luis insere-se neste contexto: em abril de 2011 foi construído um grande condomínio residencial, para 4000 pessoas. Junto aos paroquianos decidiram dar o primeiro passo em direção aos novos habitantes antes ainda que chegassem à nova moradia, para que encontrassem imediatamente pessoas à disposição deles. “Naquele período – nos conta Pe. Luis – estava acontecendo a beatificação de João Paulo II cuja vida, para nós, representa tudo o que desejamos para a nossa comunidade: ser aberta ao diálogo com todos, ser acolhedora e disponível ao perdão!” Decidem então confiarem-se à proteção de João Paulo II, procurando organizar a nova comunidade com os fundamentos no Evangelho segundo a espiritualidade de Chiara Lubich.

Inicia-se pelo diálogo e se chega à comunhão dos próprios bens: “As reuniões eram realizadas em um dos apartamentos do condomínio. Mas o número de participantes aumentava sempre e então nós alugamos um pequeno salão que, com o tempo, tornou-se a nossa capela. Lá, com a permissão do bispo, temos a presença constante de Jesus Eucaristia. Para pagar o aluguel daquele salão os membros da comunidade começaram a fazer uma comunhão de bens”.
Surgiram também algumas atividades rentáveis como, por exemplo, uma cooperativa que recolhe material reciclável. A soma arrecadada é dividida em duas partes: uma para quem trabalha e outra para pagar o aluguel do imóvel onde se desenvolve esse trabalho. Outros começaram a vender cachorro-quente e uma parte do lucro é destinada a cobrir as despesas da capela. Continua o pároco: “A venda de cachorro-quente é feita num bairro frequentado também pelos traficantes de droga. Quem vai vender lá procura colocar como prioridade, a tudo e diante de todos, o amor ao próximo, tendo presente as palavras de Jesus: ‘Tive fome e me destes de comer’. Esta atitude fez com que muitas pessoas começassem a ir à capela e, hoje participam também das atividades que acontecem lá.
E tem ainda o café da manhã após a Missa dominical: “Quando termina a Missa colocamos uma mesa fora da capela e servimos café, chá, biscoitos e bolos… As pessoas se aproximam e é espontâneo conversar sobre muitos assuntos. É um momento muito bonito que favorece a troca de experiências, de conhecimento recíproco e também a partilha das alegrias e dos sofrimentos.
Agora começamos a catequese e procuramos fazer com que as crianças não só conheçam a Deus, mas que sintam-se amadas por Ele, inclusive nas difíceis condições de vida em que muitas vezes se encontram. Mensalmente nos reunimos com aqueles que querem participar e colaborar na animação da comunidade. Também essas reuniões são sempre momentos de alegria, de profundo diálogo e de fraternidade.
É um trabalho que requer esforços o do Pe. Luis e seus paroquianos, mas é muito frutuoso! Como prosseguir? “Somos encorajados a seguir em frente – conclui o pároco – porque  vemos que aumenta a ajuda recíproca entre todos e o povo sente que o condomínio é, realmente, a casa de todos!

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